domingo, 31 de outubro de 2010

lições


Eu sempre fui de fazer listas, sim, aquelas assim “tenho que fazer antes dos 18”, “tenho que fazer esse fim de semana”, era bem típico eu me cobrava na verdade. Isso era minha mentalidade lá pela sexta série, não sei se por eu ser a guria mais tímida da sala, ou se era apenas para me dar coragem, sei que nunca resolveu nada.
Eu cresci e decidi deixar de lado as listas, nunca me afetaram nem para o bem nem para o mal. Bom, eu disse deixar de lado? Eu quis dizer mudá-las de nome, “minhas possíveis profissões”, “meus possíveis motivos de surto”. Mas no que adiantou? Em nada, como as anteriores. Isso era minha mentalidade há um ano atrás.
A partir daí, desisti delas de vez (agora é sério), pois as listas eram apenas palavras de uma pessoa que não era eu, eu que as escrevia, mas eu não era essa pessoa, e não me tornaria por mais que eu quisesse, acredite ou não, eu queria.
Hoje eu me peguei fazendo uma lista, minha reação foi imediata, amassei o papel e joguei fora, saber que eu nunca me tornarei a pessoa da lista digamos que é meio ‘deprimente’.
Para falar a verdade, o que as listas sempre me mostraram foram lições. Pois minhas listas eram baseadas nas pessoas ao me redor, cada pessoa era uma vontade minha, não a pessoa e sim a atitude dela.
Eu ficava impressionada, queria ser a garota mais extrovertida, mas simpática, mais decidida, mais feliz, mais bonita, mas isso nos olhos dos outros, pois quando eu consegui um pouco disso, eu cai, desmoronei, e sabe o por que?
Porque os outros me viam radiante por fora, mas por dentro apenas eu conseguia ver, e eu não estava nada bem.
Decidi de vez nunca mais ameaçar escrever uma lista, decidi ser quem eu sou, e não querer as atitudes das pessoas ao meu redor, não sou nada radiante por fora, não chamo atenção como minhas amigas, mas por dentro eu sei, eu estou radiante, ou melhor, borbulhante.
Minhas listas foram minhas lições.
Não deixei de fazer as suas, mas faça sobre você mesma.

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