segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

brindar


Sabe aqueles dias, que você se olha no espelho e procura alguém do seu lado? Aqueles dias que você quer correr pra ver quem corre com você ou quem vai atrás? Aqueles dias que você deita no meio da sala, com o fone de ouvido no último volume querendo ser invisível? Aqueles dias que você só consegue escutar, opinar é uma coisa aparte. Pois bem.
Eu queria jogar tudo pro ar, dizer chega. Eu não suporto isso, e minha válvula de escape, cadê? Eu não tenho, ok, comer chocolate eu não considero como uma válvula de escape, eu considero pessoas.
Eu cansei de suportar coisas que nem sei por que suportava, eu cansei de correr atrás, eu cansei de ser assim a um ano atrás. Incrível que somente agora eu estou entrando em conflito com algumas pessoas, que não estão aceitando a pessoa que me tornei.
Desculpe-me mas eu to melhor assim, e pretendo ser pior.
Não vai ser uma garrafa na mão que vai mudá-la – por uma noite muda, toda vez que você tomá-la também – não vai ser um cigarro, não vai ser uma droga, não vai ser uma transa, não, só quem pode induzir você a mudança, são ocasiões, atitudes e pessoas – elas te induzem, mas apenas você permite a mudança.
Porra, levanta essa garrafa que se encontra na sua mão, faça um brinde a você mesmo. Não por você achar que tem idade para beber, porque isso você não tem, mas sim por você poder dizer, eu mudei, eu aprendi com meus erros, eu cresci, eu curti, eu chorei, eu fiquei de porre, eu amei, enfim porra eu vivi.
Brinde sozinho, a única pessoa que nunca te deixará é você mesmo.
Tudo vai e volta, mas quando volta, não volta como a primeira vez, volta na segunda ou terceira. Fazer algo na vida, é simplesmente fazer uma vez, as outras, nós mudamos, aperfeiçoamos.

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